Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Componentes externos do corpo e gordura de descarte em vacas mestiças Charolês x Nelore abatidas com diferentes pesos

2007; Sociedade Brasileira de Zootecnia; Volume: 36; Issue: 4 Linguagem: Português

10.1590/s1516-35982007000400016

ISSN

1806-9290

Autores

Fernando Kuss, João Restle, Ivan Luiz Brondani, Leonir Luíz Pascoal, Luís Fernando Glasenapp de Menezes, Daniel Terra Leite, Maurício Fernandes dos Santos,

Tópico(s)

Meat and Animal Product Quality

Resumo

Objetivou-se estudar o desenvolvimento dos componentes externos e da gordura descartada durante o abate de vacas mestiças de segunda (G2 - 3/4Charolês (C) 1/4Nelore (N) e 3/4NC) e terceira gerações (G3 - 5/8CN e 5/8NC) do cruzamento rotativo Charolês <FONT FACE=Symbol>´</FONT> Nelore terminadas em confinamento e abatidas com 465 (T465), 507 (T507) ou 566 kg de PV (T566). Os animais apresentaram, em média, ao início do confinamento, 8,5 anos, 388,6 kg e 2,35 pontos de escore da condição corporal. A dieta alimentar, com relação volumoso:concentrado de 48:52, continha 12,5% de PB e 2,99 Mcal de energia digestível por kg de MS. O peso de corpo vazio (PCV) (376,34, 412,53 e 463,64 kg, respectivamente) acompanhou o incremento do peso de abate (PA), porém, o rendimento de PCV não sofreu alteração e apresentou valor médio de 81,51% entre os grupos de abate. A elevação do PA e do PCV resultou em redução na participação do conteúdo da digesta. Houve maior desenvolvimento de cabeça e úbere nos animais mais pesados. Contudo, o desenvolvimento do couro permaneceu inalterado, o que resultou em menor participação relativa com o aumento do PA e do PCV. O aumento do peso de abate conferiu menor participação relativa do conjunto dos componentes externos no PCV (16,47; 15,65 e 14,30%, respectivamente). A deposição de gordura interna se intensificou até o T507; a partir desse peso, aumentou a deposição de gordura subcutânea, ocorrendo maior remoção deste tecido na toalete das carcaças no T566 (4,02, 4,26 e 7,31 kg, respectivamente para T466, T507 e T566). Maior participação de Charolês no genótipo conferiu maior desenvolvimento da cabeça. Vacas da terceira geração do cruzamento rotativo Charolês <FONT FACE=Symbol>´</FONT> Nelore apresentaram maior tamanho de cabeça em relação às da segunda geração (16,22 vs 15,77 kg).

Referência(s)