Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Prevalência de transtorno depressivo maior em centro de referência no tratamento de hipertensão arterial

2007; Sociedade de Psiquiatria do Rio Grande do Sul; Volume: 29; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s0101-81082007000200007

ISSN

1806-9398

Autores

Geraldo Francisco do Amaral, Paulo César Brandão Veiga Jardim, Marco Antônio Alves Brasil, Ana Luiza Lima Souza, Helberte Fernandes Freitas, Larissa Mayumi Taniguchi, Aline Ferreira Bandeira de Melo, Carolina Nazeozeno Ribeiro,

Tópico(s)

Occupational Health and Burnout

Resumo

OBJETIVO: Investigar a prevalência de transtorno depressivo maior em pacientes hipertensos matriculados em um centro de referência universitário para tratamento de hipertensão arterial e fatores de risco cardiovascular. MÉTODOS: Estudo transversal, descritivo, em amostra aleatória representativa, obtida de forma sistemática, de pacientes em atendimento contínuo na Liga de Hipertensão Arterial da Universidade Federal de Goiás. Aplicou-se o Inventário de Depressão de Beck para rastreamento de sintomas depressivos e a Entrevista Estruturada para o Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais - Transtornos do Eixo I para avaliação diagnóstica de transtorno depressivo maior. Foram constituídos um grupo com pacientes portadores de depressão maior, denominado grupo-estudo, e um grupo com pacientes não-portadores de depressão maior, denominado grupo-controle. Avaliou-se variáveis sociodemográficas, pressão arterial e bioquímica sangüínea no momento da coleta de dados. RESULTADOS: Foram entrevistados 285 pacientes, tendo sido encontrada prevalência de 20% de depressão maior na população investigada. A idade média foi significativamente menor para o grupo-estudo, com predomínio do sexo feminino. A prática de atividade física regular foi também significativamente menor entre os pacientes do grupo-estudo, que também apresentaram valores mais elevados de pressão arterial diastólica e de colesterolemia. CONCLUSÕES: Foi encontrada uma prevalência de transtorno depressivo maior em pacientes hipertensos superior àquela encontrada na população geral. Isso aponta para uma necessidade de maior atenção ao diagnóstico dos transtornos depressivos em pacientes hipertensos em atendimento primário e ambulatorial.

Referência(s)