
Asma e gravidez: repercussões no recém-nascido
2010; Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia; Volume: 36; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s1806-37132010000300005
ISSN1806-3756
AutoresMaria Luíza Dória Almeida, Priscila Andrade Santana, Alzira Maria D'avila Nery Guimarães, Ricardo Queiroz Gurgel, Élcio Oliveira Vianna,
Tópico(s)Asthma and respiratory diseases
ResumoOBJETIVO: Descrever, numa coorte de nascimentos, aspectos socioeconômicos e comportamentais de gestantes com asma e analisar as repercussões desta sobre alguns parâmetros perinatais. MÉTODOS: Estudo observacional, transversal e analítico a partir de informações de parturientes da coorte de nascimentos ocorridos no período entre 8 de março e 15 de julho de 2005 nas maternidades da Grande Aracaju (SE). A identificação de asma nas gestantes foi obtida segundo informação destas a partir do diagnóstico emitido anteriormente por um médico. Foram analisadas variáveis epidemiológicas, obstétricas e perinatais. RESULTADOS: Das 4.757 parturientes incluídas no estudo, 299 (6,3%) eram asmáticas. As mães asmáticas tinham menor renda familiar e mais frequentemente procuraram assistência no pré-natal e no parto em serviços públicos que as mães sem asma. Embora somente 9,4% das gestantes asmáticas fumaram, e 27,6% ingeriram bebidas alcoólicas, as proporções em relação ao grupo controle foram significativamente maiores. Não se detectou associação entre asma e problemas obstétricos ou do recém-nascido. Não foi encontrada associação entre asma e parto cesariano, prematuridade ou recém-nascido sendo pequeno para a idade gestacional. CONCLUSÕES: O nível socioeconômico inferior parece ser um fator de risco para a asma.
Referência(s)