
Doses baixas de dobutamina e fluidos no pós-operatório de pacientes de alto risco: efeitos sobre a oxigenação tecidual, resposta inflamatória e morbidade
2007; Associação de Medicina Intensiva Brasileira; Volume: 19; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1590/s0103-507x2007000100001
ISSN1982-4335
AutoresAdriana Arantes, Antônio Carlos Christiano Júnior, Sônia Portela de Abreu, Janaína Maria Miranda Ferreira de Moraes, Joelma Villafanha Gandolfi, Lauriane Gomes Leite, Suzana Margareth Lobo,
Tópico(s)Ultrasound in Clinical Applications
ResumoJUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A dobutamina é um agente inotrópico com propriedade adrenérgica beta-1 predominante e freqüentemente usado para aumentar o fluxo sanguíneo em pacientes críticos. Dobutamina pode ter um papel no aumento da perfusão esplâncnica, desse modo protegendo esta área de lesão isquêmica. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos de baixas doses de dobutamina (5 mig/kg/min) sobre a oxigenação tecidual, resposta inflamatória e complicações pós-operatória em pacientes de alto risco. MÉTODO: Estudo prospectivo, aleatório, encoberto e placebo-controlado. Cem pacientes cirúrgicos admitidos em Unidade Semi-Intensiva foram avaliados e 82 pacientes foram incluídos, 42 pacientes no grupo controle (solução fisiológica) e 40 no grupo tratamento (5 mig/kg/min) de dobutamina por 24 horas). Os mesmos procedimentos terapêuticos foram usados nos dois grupos. A infusão de líquidos deveria ser realizada em caso de taquicardia ou hipotensão após a infusão de dobutamina, pela possibilidade de hipovolemia. RESULTADOS: O volume total de fluidos administrado foi significativamente maior no grupo dobutamina do que no grupo controle (7351 ± 2082 mL versus 6074 ± 2386 mL, respectivamente, p < 0,05). Saturação venosa central de oxigênio (SvcO2), lactato sérico e proteína C-reativa foram similares em ambos os grupos. Complicações ocorreram em 35% e 50% dos pacientes nos grupos dobutamina e controle, respectivamente (RR 0,70 IC 95% 0,41 - 1,17; NS). CONCLUSÕES: Baixas doses de dobutamina e fluidos após trauma cirúrgico não tiveram efeitos na prevalência de complicações pós-operatória em pacientes cirúrgicos de alto risco.
Referência(s)