Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Intervenções obstétricas durante o trabalho de parto e parto em mulheres brasileiras de risco habitual

2014; Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz; Volume: 30; Issue: suppl 1 Linguagem: Português

10.1590/0102-311x00151513

ISSN

1678-4464

Autores

María do Carmo Leal, Ana Paula Esteves Pereira, Rosa Maria Soares Madeira Domingues, Mariza Miranda Theme Filha, Marcos Augusto Bastos Dias, Marcos Nakamura‐Pereira, Maria Helena Bastos, Silvana Granado Nogueira da Gama,

Tópico(s)

Global Maternal and Child Health

Resumo

Este artigo avaliou o uso das boas práticas (alimentação, deambulação, uso de métodos não farmacológicos para alívio da dor e de partograma) e de intervenções obstétricas na assistência ao trabalho de parto e parto de mulheres de risco obstétrico habitual. Foram utilizados dados da pesquisa Nascer no Brasil, estudo de base hospitalar realizada em 2011/2012, com entrevistas de 23.894 mulheres. As boas práticas durante o trabalho de parto ocorreram em menos de 50% das mulheres, sendo menos frequentes nas regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste. O uso de ocitocina e amniotomia foi de 40%, sendo maior no setor público e nas mulheres com menor escolaridade. A manobra de Kristeller, episiotomia e litotomia foram utilizada, em 37%, 56% e 92% das mulheres, respectivamente. A cesariana foi menos frequente nas usuárias do setor público, não brancas, com menor escolaridade e multíparas. Para melhorar a saúde de mães e crianças e promover a qualidade de vida, o Sistema Único de Saúde (SUS) e, sobretudo o setor privado, necessitam mudar o modelo de atenção obstétrica promovendo um cuidado baseado em evidências científicas.

Referência(s)