Escrever o poder: Os autos de vassalagem e a vulgarização da escrita entre as elites africanas Ndembu
2006; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Issue: 155 Linguagem: Português
10.11606/issn.2316-9141.v0i155p81-95
ISSN2316-9141
Autores Tópico(s)Global Maritime and Colonial Histories
ResumoEm trabalhos recentes foi posta em evidência a importância do uso da escrita para a construção da história de Angola, por meio do exemplo exuberante dos Estados Ndembu. Sem abandonar os problemas associados à escrita, procuramos centrar-nos na segunda metade do século XVIII e primeiras décadas do XIX, para dar conta de uma articulação entre política colonial e sedimentação de uma linguagem burocrática que estrutura as relações entre poderes constituídos e reconhecidos entre si. Burocracias coloniais e burocracias africanas, rotas burocráticas assentes numa retórica fina, dão-se a conhecer em documentação que cobre uma área geográfica vasta (governos de Angola e Benguela) e uma hierarquia institucional ampla (desde o Conselho Ultramarino aos documentos dos sobados, passando pelos capitães-mores dos presídios).
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