Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Constitucionalidade e convencionalidade da Lei de Anistia brasileira

2013; Fundação Getúlio Vargas, Escola de Direito; Volume: 9; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s1808-24322013000200013

ISSN

2317-6172

Autores

Walter Claudius Rothenburg,

Tópico(s)

Brazilian Legal Issues

Resumo

A Lei de Anistia brasileira (Lei n. 6.683/1979) foi objeto de controle de constitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal e de controle de convencionalidade pela Corte Interamericana de Direitos Humanos. Enquanto o STF considerou a lei compatível com a Constituição de 1988, a CIDH considerou-a incompatível com a Convenção Americana de Direitos Humanos, por entender que as graves violações a direitos humanos praticadas por agentes da ditadura não prescrevem e devem ser investigadas e punidas. Importa definir o âmbito da jurisdição interna e da internacional, e a possibilidade de conciliação. Doutrina e jurisprudência foram utilizadas em uma abordagem analítico-dedutiva, em que se verificou que o STF ainda pode reconhecer e dar cumprimento à decisão internacional. A afirmação do direito fundamental à memória, à verdade e à reparação, que caracterizam a justiça de transição, impõe a invalidade da Lei de Anistia.

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