Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Identidade da agente comunitária de saúde: tecendo racionalidades emergentes

2013; Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp); Volume: 17; Issue: 47 Linguagem: Português

10.1590/s1414-32832013005000031

ISSN

1807-5762

Autores

Natália Hosana Nunes Rocha, Marisa Barletto, Paula Días Bevilacqua,

Tópico(s)

Gender, Sexuality, and Education

Resumo

Analisamos a identidade da agente comunitária de saúde (ACS) a partir da categoria gênero em diálogo com as categorias espaço público e privado/doméstico e saberes populares e científicos. A profissão de ACS é desvalorizada não por ser ocupada quase totalmente por mulheres, mas por ser um trabalho visto como feminino - condição historicamente marcada pela desigualdade de gênero, associando a mulher aos cuidados domésticos e à subordinação. Essa profissão reflete posições de gênero hegemônicas e a definição de sua identidade se dá no dia a dia, na convivência com a equipe de saúde e comunidade, repleta de conflitos e afetos e nas práticas cotidianas marcadas por hierarquias. Concomitantemente, carrega a possibilidade de um horizonte emancipatório, definido na criação do trabalho comunitário e ordenado para o cumprimento do princípio da integralidade.

Referência(s)