
Análise microestrutural, composicional e dureza das cerâmicas indígenas do sítio arqueológico Caninhas, SP
2010; Associação Brasileira de Cerâmica; Volume: 56; Issue: 338 Linguagem: Português
10.1590/s0366-69132010000200005
ISSN1678-4553
AutoresF. Nakano, Rosinei Batista Ribeiro, Sarinha J.Leone Rosa, Wagner Gomes Bornal, Carine Monteiro de Queiroz, S.P. Taguchi,
Tópico(s)Building materials and conservation
ResumoCerâmicas arqueológicas possuem uma infinidade de dados sobre a dinâmica social e cultural dos indígenas do sítio Caninhas, SP. A superfície de fratura apresenta gradiente de cor, do ocre ao cinza escuro, quando da superfície para o centro da peça. Este aspecto é decorrente dos gradientes de temperatura gerados durante a queima da peça cerâmica, de forma que na superfície a combustão dos compostos orgânicos é completa (coloração mais clara) e na parte interna é incompleta (coloração mais escura). Foram realizadas análises composicionais por difração de raios X e mapeamento por EDS, sendo identificadas as fases ilita, quartzo e lutecita (região ocre) e ilita, quartzo, alumina-hidratada e lutecita (região cinza escura). Os resultados de EDS confirmaram a presença dos elementos químicos das fases identificadas por difração de raios X. As análises microestruturais por microscopia óptica e eletrônica por varredura sugerem a presença de raízes e restos de cerâmicas sinterizadas nas peças indígenas. Os resultados de dureza Vickers mostraram o quanto frágeis e heterogêneas são as cerâmicas arqueológicas, alcançando aproximadamente 203 HV (grãos de sílica) e 16 HV (matriz cerâmica).
Referência(s)