Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Refratariedade das galinhas ao "Trypanosoma (Schizotrypanum) Cruzi" III - dissociação dos fenômenos da refratariedade e da lise dos epimastigotas pelo soro das aves

1974; Instituto Oswaldo Cruz, Ministério da Saúde; Volume: 72; Issue: 1-2 Linguagem: Português

10.1590/s0074-02761974000100016

ISSN

1678-8060

Autores

F Nery-Guimarães, Ismélia Venâncio, Noemia Grynberg,

Tópico(s)

Trypanosoma species research and implications

Resumo

Há muito tempo é sabido serem as aves refratárias ao "T. (S.) cruzi". Em trabalhos anteriores verificou-se que nas galinhas pode-se obter infecções "in ovo" diagnosticáveis até o 21º de incubação, porém, logo após o nascimento os pintos mostram-se refratários ao parasito, que é destruído no ponto de inoculação. Neste trabalho verificou-se que tripomastigotas injetados diretamente no sangue, podem ser esporadicamente encontrados até 1h depois. Verificou-se também que galinhas bursectomizadas, com associação de testosterona "in ovo" e ciclofosfamida nos 4 primeiros dias de vida permanecem refratárias. Entretanto, o soro dessas aves perde a capacidade lítica que o soro das aves normais possui para os epimastigotas do "T. (S.) cruzi", pela qual são responsáveis as gama-globulinas séricas, conforme foi verificado após o fracionamento do soro em coluna de DEAE-Sefádex A50. A dissociação dos 2 fenômenos, mostra que a capacidade lítica pode ser atribuída a um "anticorpo natural" - uma vez que é eliminada ou grandemente diminuída com a supressão do sistema imunitário bursa- dependente - porém, o mesmo não se pode concluir quanto à refratariedade. Esta, provavelmente, deve estar relacionada ao próprio metabolismo celular após o nascimento.

Referência(s)