
Influência do magnésio na resistência do arroz à mancha parda
2013; INSTITUTO AGRONÔMICO DE CAMPINAS; Volume: 72; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s0006-87052013005000027
ISSN1678-4499
AutoresWiler Ribas Moreira, Renata Sousa Resende, Fabrício Ávila Rodrigues, Camila Cristina Lage de Andrade, Clístenes Williams Araújo do Nascimento,
Tópico(s)Plant Micronutrient Interactions and Effects
ResumoA mancha parda, causada pelo fungo Bipolaris oryzae, é uma das principais doenças da cultura do arroz. Sabe-se que o magnésio (Mg) tem o potencial de reduzir a intensidade de algumas doenças em culturas de importância econômica e, portanto, o objetivo desse trabalho foi verificar o efeito de diferentes doses desse macronutriente na resistência do arroz à mancha parda. Para isto, plantas de arroz (cv. Metica-1) foram cultivadas em solução nutritiva contendo 0,25; 0,5; 1; 2 e 4 mmol.L-1 de Mg. Foram avaliados o período de incubação (PI), o número de lesões (NL) por cm² de folha, a severidade da mancha parda e a concentração foliar de Mg. Os dados de severidade foram usados para calcular a área abaixo da curva do progresso da mancha parda (AACPMP). Outro experimento com as doses de 0,25; 2,5 e 4 mmol.L-1 de Mg foi conduzido para determinar a concentração de aldeído malônico (MDA) e a atividade da quitinase (QUI), β-1,3-glucanase (GLU), peroxidase (POX), polifenoloxidase (PFO) e fenilalanina amônia-liase (FAL) em resposta à infecção por B. oryzae. Houve efeito linear positivo e linear negativo das doses crescentes de Mg, respectivamente, na concentração foliar de Mg e na AACPMP. Houve efeito quadrático das doses crescentes de Mg no PI e no NL por cm² de área foliar. Alta concentração de MDA e maior atividade da PFO ocorreram com a dose de 4 mmol.L-1 de Mg. As atividades da QUI e da GLU não foram afetadas pelas doses de Mg. A maior atividade da POX ocorreu para as plantas supridas com as doses de 2,5 e 4 mmol.L-1 de Mg. A FAL apresentou aumento significativo em atividade às 48 e 72 horas após inoculação com a dose de 4 mmol.L-1 Mg. Os resultados desse estudo demonstram que a alta concentração foliar de Mg aumentou a resistência do arroz à infecção por B. oryzae principalmente por meio do aumento das atividades das enzimas de defesa.
Referência(s)