
Levamisol não previne lesões de estomatite aftosa recorrente: um ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo
2009; Brazilian Medical Association; Volume: 55; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s0104-42302009000200014
ISSN1806-9282
AutoresLuc Louis Maurice Weckx, Cleonice Hitomi Watashi Hirata, Marilda Aparecida Milanez Morgado d Abreu, Vilma Ciorla Fillizolla, Olga Maria Panhoca da Silva,
Tópico(s)Medical research and treatments
ResumoOBJETIVO: Avaliar a eficácia e a segurança do levamisol no tratamento profilático da afta recorrente, utilizando um protocolo de estudo duplo-cego. MÉTODOS: Quatorze pacientes receberam doses decrescentes de levamisol por via oral por seis meses (dose inicial de 150mg três vezes por semana). Dez pacientes receberam placebo. As avaliações foram mensais. RESULTADOS: Houve tendência à diminuição do número de crises nos dois grupos, mas sem diferenças entre ambos. O número de lesões diminuiu significantemente nos grupos levamisol e placebo, mas na comparação entre eles a diferença não foi significante. A duração das lesões diminuiu significantemente no grupo placebo, porém ao compará-lo com o grupo levamisol a diferença não foi significante durante todo o tratamento. A intensidade da dor foi significantemente menor nos dois grupos, mas ao compará-los a dor foi significantemente menor no grupo placebo. A avaliação global final mostrou melhora em 50% dos pacientes do grupo levamisol e em 70% do Placebo, sem diferença significante entre os dois tratamentos. Não foi observada diferença na frequência de efeitos colaterais entre os grupos. CONCLUSÃO: Levamisol, como usado nesse protocolo, é uma droga segura. Comparado ao placebo, levamisol não é efetivo no tratamento profilático da afta recorrente. O efeito placebo é importante em desordens nas quais fatores emocionais afetam a recorrência ou a expressão de sintomas.
Referência(s)