A complexidade rítmica no Estudo Percussivo II de Arthur Kampela
2012; Escola de Música da UFMG; Issue: 26 Linguagem: Português
10.1590/s1517-75992012000200017
ISSN2317-6377
Autores Tópico(s)Literature, Musicology, and Cultural Analysis
ResumoEste artigo discute o uso das estruturas rítmicas complexas, tais como quiálteras dentro de quiálteras na obra Estudo Percussivo II, de 1993, do compositor brasileiro Arthur Kampela. Em alguns casos, serão demonstrados procedimentos de notação da escrita complexa do compositor britânico Brian Ferneyhoug. Isso se dá pelo fato de ao transformar uma semínima em uma quiáltera de cinco, Ferneyhough utiliza uma simbologia acima da quiáltera, indicando que são cinco semicolcheias no lugar de quatro semicolcheias, desta forma, o compositor britânico faz a indicação da mesma figura rítmica ao utilizar a semicolcheia. Diferentemente, Arthur Kampela no Estudo Percussivo II, utiliza uma escrita peculiar na qual ele não faz a mesma indicação das figuras rítmicas como Brian Ferneyhough. Este artigo propõe uma discussão a respeito desta escrita peculiar no Estudo Percussivo II. Para finalizar será abordada a escrita complexa sobre a ótica de outros compositores como Pierre Boulez para que a partir desta visão sejam propostas outras possibilidades de escrita rítmica no Estudo Percussivo II.
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