Para além da linhagem
2011; Civilisations et Littératures d’Espagne et d’Amérique du Moyen Âge aux Lumières (CLEA) - Paris Sorbonne; Issue: 11 Linguagem: Português
10.4000/e-spania.20282
ISSN1951-6169
Autores Tópico(s)Medieval Iberian Studies
ResumoA subida de Urraca I (1109-1126) ao trono do reino de Leão e Castela como sucessora de Afonso VI (1072-1109) representou, como atestam vários testemunhos escritos, um acontecimento problemático para os seus contemporâneos. Consoante a posição que assumem perante este facto, os textos historiográficos peninsulares não deixaram de fornecer argumentos e justificações que favoreciam ou que, pelo contrário, atacavam o papel da filha de Afonso VI. Partindo da análise do catálogo das mulheres de Afonso VI em dois desses textos -O Chronicon Regum Legionensium e o Liber Regum Villarensis-, este artigo procura problematizar não apenas o lugar de Urraca no quadro genealógico das mulheres e da descendência de Afonso VI, mas também avaliar de que modo estas relações genealógicas são apresentadas por cada um destes textos, para legitimar ou denegrir a rainha de Leão e Castela e, através dela, a dinastia a que esta pertence.
Referência(s)