Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Corpos, heteronormatividade e performances híbridas

2012; Associação Brasileira de Psicologia Social; Volume: 24; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s0102-71822012000100022

ISSN

1807-0310

Autores

Ricardo Pimentel Méllo,

Tópico(s)

Gender, Sexuality, and Education

Resumo

Maneiras de viver, muitas vezes, são naturalizadas como se houvesse uma forma predeterminada de corpo feminino ou masculino, nos remetendo vivência de nossos corpos como inertes, em oposição à alma imortal e ativa. Os corpos são qualificados como materialidades biológicas, sendo experimentados como provas de nossa sexualidade e da existência de gêneros e aqueles que não se acomodam a essas normalizações são tratados como "abjetos". O movimento feminista se opôs as pressupostas diferenças biológicas entre homens e mulheres utilizando o conceito de gênero, mas o sexo permaneceu como categoria básica e o corpo como matéria inerte. Como não sucumbir a perspectivas binárias e dicotômicas? Como fazer de nossas vidas experimentações que ousem transbordar as normalizações histórico-culturais? A partir de estudos queer propõem-se corpos como vibráteis, estranhos, formados e dobrados em redes, uma instigação de resistência à ação de isolamento do que se considera abjeto como consequência da biopolítica.

Referência(s)