
Adições crescentes de ácido fítico à dieta não interferiram na digestibilidade da caseína e no ganho de peso em ratos
2003; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS; Volume: 16; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s1415-52732003000200008
ISSN1678-9865
AutoresAdmar Costa de Oliveira, Soely Maria Pissini Machado Reis, Érika Mirian de Carvalho, Fernanda Motta Veiga Pimenta, Karina Ribeiro Rios, Kelly Cristina Paiva, Lucilene Maria de Sousa, Marconi de Almeida, Sandra Fernandes Arruda,
Tópico(s)Protein Hydrolysis and Bioactive Peptides
ResumoO crescente consumo de alimentos de origem vegetal, sejam como fontes protéicas com baixo teor de gordura ou como fontes de fibras, tem acrescido à dieta humana o ácido fítico. Devido à sua carga altamente negativa, o ácido fítico tem sido visto como componente de ação antinutricional capaz de quelar minerais bivalentes, proteínas e amido, podendo comprometer a biodisponibilidade destes nutrientes. No presente estudo investigou-se a influência da adição de ácido fítico à dieta de caseína, em concentrações iguais ou até oito vezes superiores àquelas encontradas no feijão-comum Phaseolus vulgaris, cultivar IAC-Carioca (14,7mg de ácido fítico/g feijão cru), durante período experimental de dez dias, sobre os índices nutricionais Ganho de Peso, Quociente de Eficiência da Dieta, Quociente de Eficiência Protéica Líquida, Digestibilidade Aparente e Digestibilidade Verdadeira. Trinta e seis ratos machos SPF da linhagem Wistar, recém-desmamados, divididos em grupos experimentais com seis ratos cada, foram alimentados com dieta purificada AIN-93G isenta de ácido fítico (Controle) e dietas teste AIN-93G acrescidas de 218, 436, 872 e 1744mg de ácido fítico/kg de dieta (Tratamentos). Os ganhos de peso (g) e os índices de qualidade dietética e protéica não apresentaram diferença estatística (p>0,05), e os valores médios entre os grupos foram: Ganho de Peso: 59,5 ± 5,0g; Quociente de Eficiência da Dieta: 0,39 ± 0,01; Quociente de Eficiência Protéica Líquida: 3,64 ± 0,12; Digestibilidade Aparente: 92,7 ± 1,1% e Digestibilidade Verdadeira: 94,4 ± 0,9%. Os resultados demonstraram que nas condições experimentais utilizadas, o ácido fítico não foi capaz de alterar o valor nutritivo da caseína.
Referência(s)