Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

RESENHA CRÍTICA: DURKHEIM, E. LIÇÕES DE SOCIOLOGIA

2012; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA; Volume: 9; Issue: 1 Linguagem: Português

10.5007/1806-5023.2012v9n1p96

ISSN

1806-5023

Autores

Ana Paula Saccol,

Tópico(s)

Urban Development and Societal Issues

Resumo

“Licoes de Sociologia” teve como idealizador Kubali que durante a pesquisa de sua tese de doutoramento procurou Marcel Mauss (sobrinho de Durkheim) para verificar se nao existiria algum outro tipo de documento que pudesse clarear o pensamento de Durkheim a cerca de sua sociologia politica. Mauss disponibilizou entao os manuscritos ineditos de aulas ministradas por seu tio. E com a permissao da filha de Durkheim - Jacques Halpen - Kubali publica o conjunto desses manuscritos.Em relacao ao pensamento politico de Durkheim Kubali[1] aponta: “como esse sociologo nao fizera do problema objeto de um estudo especial, em suas obras ja publicadas, a evocar certas questoes referentes a ele, fui levado a pensar que seria possivel encontrar explicacoes adequadas e detalhadas em seus ineditos, se e que existiam. Ja Giddens (1998. p. 103) afirma que “a teoria de Durkheim sobre a politica e o Estado e indubitavelmente a mais negligenciada das suas contribuicoes para a teoria social.” O que podemos crer com a leitura de Giddens e que Durkheim se preocupou sim com a questao da politica e do Estado, sendo o que o papel do Estado seria o de resgatar os individuos da sociedade, que se deve objetivar e promover a mudanca, acreditava inclusive na maleabilidade e flexibilidade das estruturas e instituicoes diante das mudancas, e que o problema crucial da sociologia era o de redefinir quais eram as formas sociais capazes de realizar os ideais de liberdade[2] e igualdade gerados pela transicao a partir da ordem tradicional. Portanto, “Licoes de Sociologia” pode ser considerada a obra em que Durkheim desenvolve sua sociologia politica.[1] Citacao retirada do Prefacio a Primeira Edicao. DURKHEIM, 2002.[2] O conceito de liberdade nao significava a liberacao de todos os controles morais, mas a aceitacao da regulacao moral do “culto da personalidade” (relacao entre o sagrado e o profano).

Referência(s)