Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Fluxo gênico recíproco entre cultivares de soja convencional e geneticamente modificada

2012; Embrapa Informação Tecnológica; Volume: 47; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s0100-204x2012000200011

ISSN

1678-3921

Autores

Welison Andrade Pereira, Filipe Luis Sávio, Denise Cunha Fernandes dos Santos Dias, Cosme Damião Cruz, Aluízio Borém,

Tópico(s)

Genetically Modified Organisms Research

Resumo

O objetivo deste trabalho foi determinar o fluxo gênico recíproco entre duas cultivares de soja, uma tolerante e outra sensível ao glifosato, além de aplicar estimadores para determinar a taxa de fecundação cruzada na população e o número de sementes híbridas na progênie. O experimento compôs-se de quatro blocos com 40 fileiras de soja, com 20 fileiras de cada cultivar (CD217 e CD219RR). No estádio R8, cinco fileiras, distantes 0, 5, 1, 2, 4 e 8 m da cultivar adjacente, foram colhidas, trilhadas e analisadas quanto à ocorrência de fluxo gênico. Como características marcadoras, foram utilizadas as cores da flor, hipocótilo e pubescência, e a tolerância ao glifosato. As cultivares contrastam quanto às características analisadas, cada uma condicionada por um gene com dois alelos, em interação de dominância completa. Na progênie da cultivar tolerante, a maior taxa de híbridos encontrada foi 0, 27% e, na progênie da cultivar sensível, identificou-se 0, 83%; pela hipótese do efeito diluição, as taxas de hibridação natural populacional seriam 0, 104 e 0, 388%, respectivamente. O fluxo gênico recíproco entre as cultivares CD217 e CD219RR não é o mesmo em ambas as direções. Os estimadores propostos são úteis para determinar a taxa de híbridos em amostras de sementes.

Referência(s)