Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Candomblé e políticas públicas de saúde em Salvador, Bahia

2010; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA; Volume: 15; Issue: 1 Linguagem: Português

10.5433/2176-6665.2010v15n1p163

ISSN

2176-6665

Autores

Ordep Serra, Maria Cristina Santos Pechine, Serge Pechine,

Tópico(s)

Anthropological Studies and Insights

Resumo

No passado, as comunidades religiosas afro-brasileiras foram objetos da perseguição policial forte; além de racismo e intolerância religiosa, esta perseguição foi inspirada por um preconceito médico generalizado: a etnomedicina afro-brasileira foi categorizada como charlatanismo e os ritos entusiásticos dos terreiros como causa (ou sintoma) de desordens psíquicas. Os estudos antropológicos evidenciaram a inanidade deste preconceito e evidenciaram que os terreiros não são somente templos, mas também agências de serviço de saúde populares importantes. Em duas décadas passadas, o Movimento Negro Brasileiro teve êxito na proposição de uma nova política de saúde pública para os negros no Brasil; em particular, líderes dos terreiros no estado da Bahia continuaram criando novas formas de cooperação com organizações governamentais e não governamentais com este objetivo. Discutimos neste artigo o estado presente e os desenvolvimentos possíveis desta cooperação incipiente.

Referência(s)