Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

O Ensino da sexualidade nos cursos médicos: a percepção de estudantes do Piauí

2013; Associção Brasileira de Educação Médica; Volume: 37; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s0100-55022013000200004

ISSN

1981-5271

Autores

Andréa Cronemberger Rufino, Alberto Pereira Madeiro, Manoel Joâo Batista Castello Girão,

Tópico(s)

Male Reproductive Health Studies

Resumo

Realizou-se estudo descritivo e transversal com 242 alunos matriculados no internato em medicina de duas universidades públicas e duas faculdades privadas em Teresina, Piauí. Foi aplicado questionário semiestruturado para conhecer como a sexualidade humana foi ensinada nos cursos médicos. A taxa de resposta ao questionário foi de 86,3%. O ensino da sexualidade foi identificado por 95,2% dos alunos em algum momento do curso. As disciplinas que mais falaram sobre o assunto foram: ginecologia (91,9%), psiquiatria (55,3%), psicologia médica (30,6%) e urologia (24,1%). A sexualidade foi tema de aula em apenas 8,4% dos relatos, mas foi comentada em outras aulas, como: câncer (70,9%), aborto (67,5%), DST e HIV/Aids (67%). Quando o docente falou sobre sexualidade, enfatizou as disfunções sexuais (84,1%), com menor evidência para homossexualidade (50%) e direitos sexuais e reprodutivos (40,6%). Os alunos apontaram influências positivas do ensino da sexualidade na graduação (96,1%). Esses dados indicam que a sexualidade foi ofertada com destaque para a discussão de aspectos biológicos e de doenças associadas à sexualidade, com menor ênfase na construção social do tema e orientação sexual.

Referência(s)