Sistema ABO e formas anatomoclínicas da doença de Chagas crônica
1987; Brazilian Society of Tropical Medicine; Volume: 20; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s0037-86821987000300007
ISSN1678-9849
AutoresVicente de Paula Antunes Teixeira, Elizabeth A. L. Martins, Hipólito de Oliveira Almeida, Sheila Carminati de Lima Soares, Hélio Moraes de Souza, César Augusto de Morais,
Tópico(s)Trypanosoma species research and implications
ResumoEstudou-se a distribuição do sistema ABO em 222 controles e em 148 chagásicos crônicos, assintomáticos e sintomáticos, com diferentes formas anatomoclinicas (insuficiência cardíaca congestiva, visceromegalias e morte súbita). O foi calculado a partir de tabelas de contingência e pelo método de Woolf. OX², obtido por estes dois métodos, demonstra que a freqüência do grupo OX² foi significativamente menor nos chagásicos sintomáticos considerados como um todo e naqueles com "megas", em relação aos controles. Nos chagásicos falecidos subitamente observou-se maior freqüência de grupos B que nos controles, sendo o X² significativo apenas quando calculado por tabelas de contingência. A relativa proteção aparentemente conferida aos chagásicos do grupo O, no que se refere à evolução para formas sintomáticas da doença, se explicaria por antigenicidade cruzada entre populações do Trypanosoma cruzi e o sistema ABO ou por outros fatores que se deixam influenciar ou influenciam a distribuição dos grupos sangüíneos.
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