Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Extrato de Passiflora edulis na cicatrização de feridas cutâneas abertas em ratos: estudo morfológico e histológico

2006; Sociedade Brasileira Para o Desenvolvimento da Pesquisa em Cirurgia; Volume: 21; Issue: suppl 3 Linguagem: Português

10.1590/s0102-86502006000900009

ISSN

1678-2674

Autores

Inaldo de Castro Garros, Antônio Carlos Ligocki Campos, Elizabeth Milla Tâmbara, Sérgio Bernardo Tenório, Orlando Jorge Martins Torres, Miguel Ângelo Agulham, Allan Cézar Faria Araújo, Paola Maria Brolin Santis-Isolan, Rohnelt Machado de Oliveira, Elaine Cristina de Moraes Arruda,

Tópico(s)

Wound Healing and Treatments

Resumo

INTRODUÇÃO: Nas regiões interioranas do Brasil o cataplasma feito com folhas de Passiflora edulis tem sido usado pela população como cicatrizante, para tratar infecções e inflamações cutâneas, sem a comprovação científica dos seus potenciais benefícios. OBJETIVO: Avaliar a cicatrização de feridas abertas em ratos com a aplicação tópica de extrato hidroalcoólico de Passiflora edulis. MÉTODOS: Foram utilizados 60 ratos da linhagem Wistar, machos, adultos, divididos em dois grupos: o grupo Passiflora e o grupo Controle. Os animais do primeiro grupo foram tratados com o extrato de Passiflora edulis, e os do segundo grupo, com água destilada. A aplicação diária do extrato e da água destilada foi realizada sobre ferida circular padronizada de 2cm de diâmetro na região dorsal de cada animal. A avaliação da ferida foi feita do ponto de vista macro e microscópico nos períodos pré-determinados (7º, 14º e 21º dias). Fez-se a análise macroscópica da evolução do aspecto da lesão e medida da retração cicatricial da ferida, por planimetria digital. O estudo histológico em lâminas coradas pela Hematoxilina-Eosina e Tricômico de Masson considerou os parâmetros de elementos celulares inflamatórios incluindo colagenização e reepitelização. RESULTADOS: Não houve diferença estatisticamente significante entre as áreas cirúrgicas das feridas tratadas com Passiflora edulis e o grupo Controle; entretanto, histologicamente houve colagenização significantemente maior no 14º dia de pós-operatório nos animais do grupo Passiflora (p = 0,012). CONCLUSÕES: O uso tópico do extrato de Passiflora edulis não apresenta macroscopicamente efeito significativo na cicatrização de feridas na pele de ratos; entretanto microscopicamente apresenta aumento da proliferação fibroblástica no 7º dia e colagenização maior no 14º dia de pós-operatório.

Referência(s)