
Feuerbach e Espinosa: deus e natureza, dualismo ou unidade?
2006; UNIVERSIDADE EST.PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO; Volume: 29; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s0101-31732006000200007
ISSN1980-539X
Autores Tópico(s)Nietzsche, Schopenhauer, and Hegel
ResumoO presente artigo evidencia, por um lado, o mérito da filosofia de Espinosa, pelo fato de haver submetido a oposição das partes e do todo, do corpo e da alma, da matéria e do espírito, à unidade da substância, já que toda parte singular da substância pertence à sua natureza. Por outro lado, destaca a crítica de Feuerbach a Espinosa, porque a filosofia deste é, na verdade, uma filosofia da identidade, que não reconhece, como Hegel também assinala, a substância como espírito e o espírito como substância, e não determina suficientemente a unidade da matéria e do espírito, já que falta a ela a realidade da diferença, da determinidade. Enquanto Espinosa identifica Deus com a natureza (Deus sive natura) e, mediante a natureza divina (a substância), supera a contradição de Descartes entre matéria (res extensa) e espírito (res cogitans), Feuerbach quer, em oposição ao panteísmo, a diferença entre natureza e Deus (aut Deus aut natura).
Referência(s)