
O sintoma entre a terapêutica e o incurável: uma leitura lacaniana
2013; Volume: 25; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s0103-56652013000200002
ISSN1980-5438
AutoresCristina Moreira Marcos, Ednei Soares de Oliveira,
Tópico(s)Psychoanalysis and Psychopathology Research
ResumoO artigo a seguir trata das relações entre a possibilidade terapêutica do tratamento psicanalítico e o núcleo incurável contido no sintoma tal como este foi definido pela psicanálise a partir das orientações contidas na obra de Freud e no ensino de Lacan. Ao final da obra de Freud, o resto irredutível do sintoma deixou-lhe um impasse sobre o destino oferecido a esse resíduo no tratamento psicanalítico. O ensino de Lacan por sua vez, não recuou frente a esse impasse. Ao considerar a importância do sintoma em psicanálise, Lacan evidencia que ele tem uma função para o sujeito e não se trata de eliminá-lo. Desse modo, o psicanalista francês apresentou fundamentos que dão outros destinos ao resto não eliminável na experiência analítica. Assim, a abordagem lacaniana do sintoma demarca os limites da eficácia terapêutica da psicanálise, pois tais limites derivam, justamente, do elemento incurável que se impõe na experiência analítica.
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