Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Achados patológicos e imuno-histoquímicos em cães infectados naturalmente pelo vírus da cinomose canina

2009; Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA); Volume: 29; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s0100-736x2009000200010

ISSN

1678-5150

Autores

Luciana Sonne, Eduardo Conceição de Oliveira, Caroline Argenta Pescador, Adriana da Silva Santos, Saulo Petinatti Pavarini, André S. Carissimi, David Driemeier,

Tópico(s)

Virus-based gene therapy research

Resumo

A cinomose canina é uma doença viral e afeta principalmente os sistemas respiratório, gastrintestinal e nervoso. Neste trabalho foram analisados os achados patológicos e imuno-histoquímicos de 54 cães com cinomose de um total de 760 cães necropsiados no período de julho de 2006 a outubro de 2007. As lesões macroscópicas observadas foram caracterizadas por corrimento ocular e nasal mucopurulentas, hiperqueratose dos coxins digitais, pulmões avermelhados e não colapsados, atrofia do timo, conteúdo intestinal diarréico e placas de Peyer proeminentes. Os achados histológicos caracterizavam-se principalmente por pneumonia intersticial, rarefação linfóide, desmielinização da substância branca, manguitos perivasculares e corpúsculos de inclusão intranucleares e intracitoplasmáticos, que se localizam principalmente na mucosa do estômago, epitélios da bexiga, brônquios e bronquíolos, pelve renal, coxins digitais, pálpebra, orelha e tonsila no sistema nervoso central e em células mononucleares dos linfonodos, baço e tonsilas. Os tecidos foram marcados pela técnica imuno-histoquímica utilizando anticorpo monoclonal anti-cinomose canina. O coxim digital foi o tecido com maior número de casos marcados positivamente (67,4% dos casos), seguido pelo estômago com 62,7%. A imuno-histoquímica mostrou ser uma ferramenta importante para o estudo da distribuição do antígeno em cães infectados pela cinomose bem como indicou o melhor tecido para a confirmação do diagnóstico de casos suspeitos.

Referência(s)