
VISÕES DO RIO DE JANEIRO NAS CRÔNICAS DE JOAQUIM MANOEL DE MACEDO E JOÃO DO RIO E SUAS PROJEÇÕES NO ENSINO DE LITERATURA
2011; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Issue: 21 Linguagem: Português
10.12957/soletras.2011.5308
ISSN2316-8838
AutoresMaria Cristina Cardoso Ribas, Carolina Santiago, Rafaela Rodrigues Ramos,
Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoO século XIX não foi de grande importância apenas para aconsolidação do jornalismo, como também para a formação da literaturabrasileira. Entre as duas áreas há uma distância tênue, principalmenteno Rio oitocentista, em que literatura e jornalismo dialogavame se constituíam de maneira híbrida, especialmente por conta dosuporte – jornal – que veiculava a produção literária do período. Nestesentido, o jornal foi o importante, para não dizer o primeiro, veículode cultura de massa no Brasil.O fenômeno ocorreu de maneira concomitante à construçãode uma nação, ainda que 85% da população brasileira, no 2º reinado,fossem analfabetos. Porém, apesar de as duas estarem em constanteformação, a literatura brasileira representou grande contribuição àmais ampla circulação do jornal, não só em relação ao espaço queesse proporcionou ao crescimento e desenvolvimento literário, mastambém por disseminar ideias e debates que favoreceram a formaçãode uma opinião pública, os leitores. Relevamos, aqui, uma contribuiçãodecisiva do jornal para a literatura brasileira: a formação do leitor.Segundo Michelle Strzoda, “o estabelecimento da imprensa noBrasil foi determinante para pensar a nação e para auxiliar na construçãodefinitiva de uma literatura genuinamente brasileira: pensada,escrita, e desenvolvida por brasileiros, no Brasil”. (STROZDA,2010, p.22) Embora discordemos do atributo “genuína” da autora, –porque implica em um purismo de conceito que não endossamos –,entendemos o seu esforço em marcar a importância do gênero jornalísticopara a formação da literatura e do leitor no Brasil.
Referência(s)