
Hipertensão arterial e alcoolismo em trabalhadores de uma refinaria de petróleo
1999; Pan American Health Organization; Volume: 6; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s1020-49891999000800006
ISSN1680-5348
AutoresCarlos Tadeu da Silva Lima, Fernándo Martins Carvalho, Cláudio de Almeida Quadros, Henrique Ribeiro Gonçalves, José Américo Seixas Silva, Maria Fernanda Tourinho Peres, Mirian Santos Bonfim,
Tópico(s)Alcohol Consumption and Health Effects
ResumoO papel desempenhado pelo padrão de ingesta alcoólica sobre a incidência de hipertensão arterial ainda não está totalmente esclarecido; além disso, são raros os estudos realizados em populações de trabalhadores. Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a associação entre alcoolismo e hipertensão arterial entre trabalhadores de uma refinaria de petróleo em Mataripe, Estado da Bahia, Brasil, de 1986 a 1993. O estudo foi de coorte retrospectiva, com 7 anos de seguimento, em uma amostra estratificada sistemática de 335 trabalhadores da refinaria. O diagnóstico de hipertensão arterial foi feito com base nas medidas da pressão arterial obtidas nos exames médicos periódicos. A partir dos resultados do teste CAGE, aplicado ao início do período de observação, estabeleceram-se três grupos de indivíduos: não-bebedores (n = 121), CAGE- negativos (n = 116), e CAGE-positivos (n = 98). O grupo CAGE-positivo apresentou maior risco relativo e atribuível de desenvolver hipertensão arterial do que o grupo CAGE-negativo (RR = 2,58; RA = 24,95% pessoas-ano) e que o grupo não-bebedor (RR = 2,06; RA = 20,97% pessoas-ano). As frações atribuíveis foram 61% e 51%, respectivamente, para as mesmas comparações. A padronização de taxas pela idade e hábito de fumar não modificaram substancialmente estes resultados. O alcoolismo é um importante fator de risco para o desenvolvimento de hipertensão arterial.
Referência(s)