
Bancos de dados sociolinguísticos do português brasileiro e os estudos de terceira onda: potencialidades e limitações
2012; UNIVERSIDADE EST.PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO; Volume: 56; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s1981-57942012000300009
ISSN1981-5794
AutoresRaquel Meister Ko. Freitag, Marco Antônio Martins, Maria Alice Tavares,
Tópico(s)Multilingual Education and Policy
ResumoBancos de dados linguísticos de fala - especialmente aqueles elaborados para a pesquisa de orientação sociolinguística variacionista - têm sido fonte privilegiada para a descrição do português brasileiro. Neste texto, discutimos procedimentos metodológicos que deveriam ser adotados para a organização de novos bancos de dados. Fazemos um breve retrospecto dos bancos de dados já constituídos e sugerimos a coleta e expansão de corpora de diferentes comunidades de fala - e de diferentes comunidades de prática. De acordo com proposta defendida por Eckert (2012), os estudos sociolinguísticos podem ser distinguidos em três ondas de análise que refletem modos distintos de abordagem à variação linguística. Sugerimos estratégias para padronizar os procedimentos de organização de bancos de dados sociolinguísticos que levem em conta as três diferentes ondas da pesquisa sociolinguística, e destacamos a terceira onda, ainda incipiente no Brasil. A padronização dos bancos de dados sociolinguísticos facilitaria a realização de investigações contrastivas de diferentes dialetos brasileiros, contribuindo, dessa forma, para o estabelecimento e refinamento de generalizações e princípios de variação e mudança universais.
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