
Profilaxia medicamentosa da trombose venosa profunda em pacientes submetidos à cirurgia do trauma em um hospital universitário
2012; Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV); Volume: 11; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s1677-54492012000200005
ISSN1677-7301
AutoresCarlos Alberto Engelhorn, Juliana Nardelli, Ana Paula Diniz Iwamura, Luísa da Silva André Salgado, Melina de Oliveira Hartmann, Ninon Catherine Witt,
Tópico(s)Cardiac, Anesthesia and Surgical Outcomes
ResumoCONTEXTO: Anualmente, milhões de pessoas são vítimas de trauma no mundo. Além de suas consequências sociais e econômicas, muitos dos pacientes necessitam de tratamento cirúrgico, gerando, portanto, maiores riscos à vida. O tromboembolismo venoso, consequência da trombose venosa profunda, é uma importante causa de morbimortalidade em pós-operatórios e pode ser evitado com profilaxia adequada. OBJETIVO: Avaliar a utilização da profilaxia medicamentosa para trombose venosa profunda em pacientes submetidos à cirurgia do trauma de emergência, em um hospital-escola. MÉTODOS: Estudo transversal analítico, com 153 pacientes internados no Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba, no Paraná, durante dois meses. Foram analisados prospectivamente prontuários de pacientes que necessitaram de cirurgia devido a trauma. O estudo incluiu pacientes classificados como alto e médio risco para trombose venosa profunda e avaliou-se a realização, ou não, da profilaxia medicamentosa. A análise estatística foi feita de forma descritiva. RESULTADOS: Dos 153 pacientes incluídos no estudo, 99 (64,7%) foram classificados como alto risco para trombose venosa e 54 (35,3%) como médio, sendo que 144 (94%) não receberam profilaxia medicamentosa. Dos nove (6%) pacientes que receberam profilaxia medicamentosa, um foi estratificado como médio risco e os outros oito de alto risco. Dos pacientes que receberam profilaxia, em apenas quatro a orientação foi adequada. CONCLUSÕES: A profilaxia para trombose venosa não é realizada de maneira rotineira nos pacientes de médio e alto risco para trombose venosa profunda que são submetidos à cirurgia do trauma e, quando realizada, muitas vezes é inadequada.
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