
Estudo clinicopatológico de 106 adenomas pleomórficos de glândula salivar maior
2007; Sociedade Brasileira de Patologia Clínica; Volume: 43; Issue: 5 Linguagem: Português
10.1590/s1676-24442007000500007
ISSN1678-4774
AutoresJerlucia Cavalcanti das Neves, Maria do Carmo Abreu e Lima, Ana Paula Veras Sobral,
Tópico(s)Head and Neck Cancer Studies
ResumoINTRODUÇÃO: O adenoma pleomórfico (AP) é o mais comum dos tumores das glândulas salivares. Transformação maligna pode ocorrer após recorrências ou em casos com longo tempo de evolução. OBJETIVO: Analisar os aspectos clinicoepidemiológicos e anatomopatológicos do AP de glândula salivar maior, principalmente os considerados indício de transformação maligna. MATERIAL E MÉTODO: Foram avaliados 106 casos de AP pela pesquisa retrospectiva nos prontuários clínicos e revisão das preparações histológicas. RESULTADOS: A média de idade dos pacientes foi de 39,51 anos, houve predomínio do sexo feminino (69,5%), a glândula parótida foi a mais acometida (86,8%) e o tempo de evolução foi superior a um ano em 76,74% dos casos, com tamanho tumoral de 3,48 cm em média. A avaliação histopatológica demonstrou cápsula tumoral incompleta e delgada em 49% dos casos. Protrusões para a cápsula ou extensão extracapsular foram infreqüentes, 11,32% e 8,49%, respectivamente. A matriz extracelular variou entre mixocondróide (41,5%), mixóide (36,8%), condróide (3,8%) e fibrótica (1,9%), tendo sido observadas associações entre os diversos tipos. O componente epitelial/mioepitelial constituiu 50% ou mais do tumor em 65,1% dos casos e estava disposto em arranjos cordonal (86,8%), ductal (81,1%), sólido (40,6%), cístico (20,7%) e em "paliçada" (8,49%). Metaplasia escamosa ocorreu em 16,04% dos casos. Alterações histopatológicas relacionadas com transformação maligna foram incomuns: hialinização extensa (4,7%) e necrose (0,9%). CONCLUSÕES: confirma-se a diversidade histopatológica do AP. Características associadas a transformação maligna não foram freqüentes na amostra.
Referência(s)