Distribuição do contraste em angiografias cerebrais: I - Angiografias carotídeas com enchimento do tronco basilar
1957; Thieme Medical Publishers (Germany); Volume: 15; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s0004-282x1957000200001
ISSN1678-4227
AutoresJosé Zaclis, Pedro Henrique Longo, L. C. Mattosinho França,
Tópico(s)Advanced MRI Techniques and Applications
ResumoA propósito da passagem de contraste, nas angiografias por via carotídea, para vasos não pertencentes ao território de distribuição da artéria na qual o contraste foi injetado, foi feita uma revisão de 700 angiografias. O segmento pós-comunicante da artéria cerebral posterior ipsilateral foi encontrado em 42,5% dos casos; o segmento pós-comunicante da artéria cerebral anterior contralateral apareceu em 49,4%; maior ou menor extensão do segmento pré-comunicante da artéria cerebral anterior do lado oposto foi encontrada em 9,85%; a artéria cerebral média bem como o segmento pré-comunicante da cerebral anterior do lado oposto foram encontrados em 4,85% dos casos. A freqüência da visibilização de outras artérias não pertencentes ao território do vaso no qual o contraste foi injetado pode ser fàcilmente verificada no quadro 1. O motivo principal desta publicação foi dado por um grupo de 22 angiografias, nas quais o contraste, injetado por via carotídea, penetrou também no sistema vértebro-basilar. O fato verificado nestas 22 angiografias cerebrais tem sido relatado raramente. Da discussão do mecanismo pelo qual o contraste penetra no tronco basilar, chegando mesmo, por vêzes, até às artérias vertebrais, resultou uma hipótese segundo a qual o fenômeno seria condicionado por hipotensão arterial, acentuada, mas passageira, produzida por um reflexo hiperativo do seio carotídeo provocado pela própria injeção do contraste. Se fôr comprovada esta hipótese, a demonstração angiográfica de todo o sistema arterial encefálico com uma só injeção de contraste por via carotídea poderá ser viável, deliberadamente, empregando hipotensão induzida e controlada.
Referência(s)