
Quando e como valorizar culturas de urina polimicrobianas no laboratório de microbiologia clínica
2010; Sociedade Brasileira de Patologia Clínica; Volume: 46; Issue: 4 Linguagem: Português
10.1590/s1676-24442010000400005
ISSN1678-4774
AutoresAlessandro Conrado de Oliveira Silveira, Helena Aguilar Peres Homem de Mello de Souza, Fábio Daniel Furtado, Bárbara Pereira Albini, Carlos Augusto Albini,
Tópico(s)Public Health in Brazil
ResumoINTRODUÇÃO: Na maioria dos laboratórios de Microbiologia considera-se contaminação uma cultura de urina com mais de um morfotipo colonial, ignorando-se o desenvolvimento ou solicitando-se novo material. Raramente o isolado é considerado significativo. OBJETIVOS: Com a finalidade de estudar as infecções urinárias polimicrobianas, no período de agosto de 2003 a janeiro de 2004, na cidade de Tubarão, Santa Catarina, foram selecionadas 117 amostras de urina de pacientes internados no Hospital Nossa Senhora da Conceição, de ambos os sexos, com idades que variavam de 14 a 98 anos. MÉTODOS: Realizou-se uma análise minuciosa dos prontuários dos pacientes. Procedeu-se o Gram da gota de urina não centrifugada e a cultura com alça calibrada de 1 ou 10 μl em ágar CLED (cistina-lactose deficiente em eletrólitos). Todas as culturas foram repetidas com nova coleta de urina com supervisão direta. Os clínicos aguardaram a segunda coleta (confirmatória) para iniciar a antibioticoterapia. Descartaram-se os pacientes que iniciaram a antibioticoterapia imediatamente após a primeira coleta ou que estavam utilizando antimicrobianos. RESULTADOS: Obteve-se o total de seis (12,8%) culturas polimicrobianas confirmadas, em um universo de 47 amostras com crescimento bacteriano estudadas. Os resultados foram compatíveis com as indicações clínicas. CONCLUSÃO: É importante ressaltar a correlação entre os achados laboratoriais e as indicações clínicas dos pacientes. Recomenda-se avaliar criteriosamente isolados polimicrobianos em amostras de urina, sejam ambulatoriais ou hospitalares.
Referência(s)