Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Fatores individuais e contextuais associados à má oclusão em crianças brasileiras

2013; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 47; Issue: suppl 3 Linguagem: Português

10.1590/s0034-8910.2013047004426

ISSN

1518-8787

Autores

Valéria Silva Cândido Brizon, Karine Laura Cortellazzi, Fabiana de Lima Vazquez, Gláucia María Bovi Ambrosano, Antônio Carlos Pereira, Viviane Elisângela Gomes, Ana Cristina Borges‐Oliveira,

Tópico(s)

Child Nutrition and Water Access

Resumo

OBJETIVO: Avaliar a associação entre a prevalência de má oclusão em crianças aos 12 anos de idade com variáveis individuais e contextuais. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal analítico com dados da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal – SBBrasil 2010. O desfecho estudado foi a má oclusão, categorizada em ausente, definida, severa e muito severa. As variáveis independentes foram classificadas em individuais e contextuais. Os dados foram analisados por meio de modelo multinível, considerando nível de 5% de significância. RESULTADOS: A prevalência de má oclusão severa e muito severa nas crianças com 12 anos de idade não diferiu entre as regiões brasileiras, mas sim entre as cidades (p < 0,001). Crianças do sexo masculino (p = 0,033), de menor renda (p = 0,051), que consultaram o dentista (p = 0,009), com menor satisfação com a boca e os dentes (p < 0,001) e com vergonha de sorrir (p < 0,001) apresentaram má oclusão de maior gravidade. As características das cidades também afetaram a gravidade da má oclusão; cidades com mais famílias com benefício social por 1.000 habitantes, com menores notas do índice de desempenho do sistema de saúde e menor renda per capita foram estatisticamente associadas com a má oclusão. CONCLUSÕES: Associações significativas entre a presença e gravidade da má oclusão foram observadas em nível individual e contextual.

Referência(s)