Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Disfunção endotelial venosa em pacientes com doença de Chagas sem insuficiência cardíaca

2006; Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC); Volume: 86; Issue: 6 Linguagem: Português

10.1590/s0066-782x2006000600009

ISSN

1678-4170

Autores

Rodrigo Della Méa Plentz, Maria Cláudia Irigoyen, Andreia Simone Müller, Dulce Elena Casarini, Marcelo Custódio Rubira, Heitor Moreno, Charles Mady, Bárbara Maria Ianni, E M Krieger, Fernanda Marciano Consolim‐Colombo,

Tópico(s)

Trypanosoma species research and implications

Resumo

OBJETIVO: Analisar a função endotelial venosa em pacientes chagásicos sem insuficiência cardíaca. MÉTODOS: O grupo Chagas (G1) foi composto por quatorze mulheres e dois homens com idade de 46 ± 2,7 anos, e o grupo controle (G0), por sete mulheres e um homem, pareados em idade, peso, altura. A Técnica de Complacência da Veia Dorsal da Mão foi utilizada para avaliação da função endotelial venosa. Foram infundidas doses crescentes de fenilefrina para se obter pré-constrição de 70% do basal; a seguir, foram administradas acetilcolina e nitroprussiato de sódio para avaliar as respostas de venodilatação, respectivamente, dependentes e independentes do endotélio. RESULTADOS: Não houve variação entre os valores hemodinâmicos nos grupos durante o experimento. A dose média de fenilefrina necessária para pré-constrição da veia foi significativamente maior no G1 (1116 ± 668,2 ng/ml), comparada à do G0 (103 ± 28 ng/ml) p = 0,05. A resposta de venodilatação máxima dependente do endotélio foi significativamente menor no grupo G1 (65,5 ± 8%), comparada à do G0 (137 ± 20 %) p = 0,009. Não houve diferença nas respostas de venodilatação independente do endotélio entre os grupos. CONCLUSÃO: Pacientes com doença de Chagas sem insuficiência cardíaca apresentam disfunção endotelial venosa.

Referência(s)