Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Segurança alimentar em famílias indígenas Teréna, Mato Grosso do Sul, Brasil

2007; Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz; Volume: 23; Issue: 4 Linguagem: Português

10.1590/s0102-311x2007000400006

ISSN

1678-4464

Autores

Thatiana Regina Fávaro, Dulce Lopes Barboza Ribas, José Roberto Zorzatto, Ana Maria Segall‐Corrêa, Giseli Panigassi,

Tópico(s)

Indigenous Health and Education

Resumo

O presente estudo buscou descrever a situação de segurança alimentar vivenciada por famílias Teréna, das aldeias Água Azul, Olho D'Água e Oliveiras, Mato Grosso do Sul, Brasil. Foi utilizada a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar adaptada, com 15 questões que refletem a insegurança alimentar em diferentes níveis de intensidade. Foram investigadas 49 famílias que continham em seu núcleo crianças menores de sessenta meses e obtidas informações sobre renda, densidade familiar, escolaridade materna e consumo alimentar das crianças. A prevalência de famílias com algum grau de insegurança alimentar observada foi 75,5%, 22,4% das famílias com insegurança leve, 32,7% moderada e 20,4% grave. Grande parte das famílias (67,3%) convive com o medo de ficar sem alimentos. Um quarto das mulheres entrevistadas afirmou ter passado por situações de fome no mês anterior à entrevista e 14,3% (7) apontaram que o mesmo ocorreu com as crianças da casa. Situações mais graves de insegurança alimentar foram observadas em famílias com menor renda mensal per capita, menor escolaridade materna, maior densidade domiciliar, maior número de filhos por grupo familiar e cuja dieta das crianças era insuficiente, sobretudo em proteínas e ferro.

Referência(s)