
ENDOMETRITE SUBCLÍNICA APÓS O TRATAMENTO DE VACAS COM ENDOMETRITE CLÍNICA
2012; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ; Volume: 17; Issue: 3 Linguagem: Português
10.5380/avs.v17i3.25529
ISSN2317-6822
AutoresAna Rita Ferreira Moura, Suzana Akemi Tsuruta, Patrícia Magalhães de Oliveira, Nayara Resende Nasciutti, Ricarda Maria dos Santos, João Paulo Elsen Saut,
Tópico(s)Genetic and phenotypic traits in livestock
ResumoA endometrite subclínica tem efeito negativo no desempenho reprodutivo pois reduz a taxa de prenhez e aumenta o intervalo parto-concepção. Diante disto, objetivou-se avaliar a ocorrência de endometrite subclínica (ES) aos 42 dias pós-parto (dpp) em vacas que foram diagnosticadas com endometrite clínica entre 21 e 28 dpp e tratadas com infusão uterina de oxitetraciclina. Foram utilizadas 54 vacas mestiças leiteiras, divididas em dois grupos: o controle - GC (n=34), composto por vacas com parto e puerpério fisiológico de acordo com o exame clínico proposto e sem nenhum tratamento; e o grupo tratado - GT (n=20), vacas com endometrite clínica tratadas entre 21 e 28 dpp, com infusão uterina (4 g de oxitetraciclina) entre 21 e 28 dpp. Acompanhou-se no dia do parto, 7, 14, 21, 28 e 42 dpp. Realizou-se avaliação dos parâmetros vitais, escore de condição corporal, exame ginecológico e citologia endometrial através da técnica de cytobrush. Aos 42 dpp não houve diferença na porcentagem de muco vaginal limpo (P=0,69) e os dois grupos apresentaram a mesma evolução clínica. Aos 42 dpp houve diferença entre a ocorrência de ES (P<0.001) entre GC (14,8%) e o GT (80,0%), além de apresentar diferença na proporção de neutrófilos (3,3 ± 6,6; 54,6 ± 39,9 – p<0,001), células endometriais (95,9 ± 8,0; 39,6 ± 40 - p<0,001), macrófagos (0,1 ± 0,3; 1,1 ± 1,0 – p=0,016), linfócitos (0,6 ± 1,9; 3,9 ± 4,2 – p<0,001) e eosinófilos (0,1 ± 0,2; 0,8 ± 2,0 – p=0,113), respectivamente. Concluiu-se que, apesar das vacas com endometrite clínica apresentarem resposta ao tratamento com funções vitais, involução uterina e secreção vaginal semelhante às vacas com puerpério fisiológico, ainda persistem com uma alta incidência de endometrite subclínica (80%) que representa um efeito negativo no desempenho reprodutivo.
Referência(s)