Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Ácido salicílico inibe a formação de micorrizas arbusculares e modifica a expressão de quitinases e b-1,3-glucanases em raízes de feijoeiro

2000; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 57; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s0103-90162000000100005

ISSN

1678-992X

Autores

Heron Salazar Costa, Winston Franz Ríos-Ruiz, Márcio Rodrigues Lambais,

Tópico(s)

Legume Nitrogen Fixing Symbiosis

Resumo

Os mecanismos que controlam o processo de colonização intrarradicular por fungos micorrízicos arbusculares ainda não são conhecidos, mas podem envolver o sistema de defesa vegetal. Normalmente, em condições favoráveis à formação de micorrizas arbusculares (MAs), e.g. baixo fosfato (P), ocorre supressão da expressão de genes de defesa, como quitinases e b-1,3-glucanases, em certos estágios do desenvolvimento das simbioses. Assim, a inibição do crescimento fúngico intrarradicular em condições de alto P pode ser decorrência da atenuação da supressão e/ou indução de genes de defesa específicos. Se o sistema de defesa está envolvido no controle do crescimento fúngico intrarradicular em condições de alto P, a aplicação às raízes de um indutor de respostas de defesa, como o ácido salicílico (AS), poderia simular o efeito inibitório do P. Este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito do AS na colonização intrarradicular e nas atividades de quitinases e b-1,3-glucanases em raízes de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L. var. Carioca 80-SH) inoculadas com Glomus clarum ou Glomus intraradices, em condições de baixo e alto P. Em condições de baixo P, a aplicação de AS inibiu a colonização intrarradicular a níveis similares aos observados em condições de alto P. Em condições de alto P, a inibição da micorrização pelo AS foi ainda maior. Associado a essa inibição, incrementos de aproximadamente 10 vezes nas atividades específicas de quitinases e redução nas atividades de b-1,3-glucanases nas raízes das plantas que receberam AS foram observados. Em função dos padrões de atividades de quitinases e b-1,3-glucanases nas raízes não-inoculadas e inoculadas, não foi possível estabelecer uma relação entre as atividades dessas hidrolases e o crescimento fúngico intrarradicular.

Referência(s)
Altmetric
PlumX