Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Pluralizar o universal: guerra e paz na obra de Hannah Arendt

2002; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO; Volume: 8; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s0104-93132002000100004

ISSN

1678-4944

Autores

Verena Stölcke,

Tópico(s)

Memory, Trauma, and Testimony

Resumo

Cada teoria tem sua biografia. A obra de Hannah Arendt sobre o totalitarismo nasceu de suas vivências como judia alemã, desterrada de seu próprio país. Em seu pensamento inconformista, ocupa um lugar central a noção de pária, que inspira uma filosofia política na qual busca conciliar liberdade intelectual e compromisso político. Subjacente a esta filosofia, encontra-se uma antropologia humanista cujo núcleo é uma concepção da experiência humana compartilhada cuja diversidade reside precisamente em uma liberdade criativa originária. Ela desafia assim as fronteiras e identidades exclusivas, fruto do Estado nacional moderno, e propõe em seu lugar uma cultura cívica e uma justiça que transcendam os marcos nacionais.

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