Percursos e significados terapêuticos na religião afro-brasileira Candomblé1
2012; UMR ESPACE et UMR LISST; Volume: 22; Linguagem: Português
10.4000/sociologico.562
ISSN2182-7427
AutoresAna Cristina de Souza Mandarino, Alexnaldo Neves de Jesus, Sandra Regina Passy, Estélio Gomberg,
Tópico(s)Development, Ethics, and Society
ResumoO presente artigo teve como objetivo principal apreender os usos de recursos terapêuticos por parte de clientes, adeptos ou não, que frequentam o Candomblé, entendido como uma religião de matriz africana no Brasil. Ao adentrar este sistema religioso terapêutico, os sujeitos vão experimentar e confrontar com uma série de inovações na sua vida cotidiana, ampliando suas visões e percepções sobre as causalidades da doença, repercutindo na consideração da relação entre “corpo/mente/orixá (divindade)”, abrindo desta maneira uma nova opção no que tange as opções terapêuticas para estes. Diante da complexidade desta religião, o grupo em questão – adeptos e clientes externos – reafirma sua solidariedade intra- e extra-muros, através da garantia da saúde física e social de seus membros, na medida que opõe instâncias antagônicas representadas por sua visão de mundo: saúde/doença, vida/morte. O equilíbrio entre estas se faz necessário para a afirmação daquilo que se torna elemento indispensável para este: a manutenção da saúde.
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