Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

A exenteração pélvica no tratamento do câncer de reto estádio T4: experiência de 15 casos operados

2007; Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia (IBEPEGE); Volume: 44; Issue: 4 Linguagem: Português

10.1590/s0004-28032007000400002

ISSN

1678-4219

Autores

Sergio Renato Pais Costa, Ricardo César Pinto Antunes, Raphael Paulo de Paula, Miguel Ângelo Pedroso, José Francisco de Mattos Farah, Renato Arioni Lupinacci,

Tópico(s)

Stoma care and complications

Resumo

RACIONAL: A exenteração pélvica tem sido a melhor opção terapêutica radical para o tratamento dos tumores de reto T4. No entanto, essa operação ainda permanece com mortalidade significante e alta morbidade. OBJETIVO: Relatar série de 15 casos de exenteração pélvica para tumores de reto T4, analisando a morbidade, mortalidade e sobrevida dos pacientes. MÉTODOS: Foram estudados 15 pacientes com câncer de reto T4 no Serviço de Cirurgia Geral - Oncocirurgia do Hospital do Servidor Publico Estadual de São Paulo, SP, submetidos a exenteração pélvica no período de 1998 e 2006. Sete eram do sexo masculino enquanto oito eram do sexo feminino, com média de idade de 65 anos. Todos apresentavam sintomas incapacitantes. As operações foram: exenteração infra-elevadora (n = 6), exenteração supra-elevadora (n = 4), exenteração posterior (n = 3) e exenteração posterior com cistectomia e ureterectomia parciais (n = 2). RESULTADOS: A média de tempo cirúrgico foi de 403 minutos (280-485). A média de sangramento foi de 1620 mL (300-4800). A mortalidade pós-operatória foi de 6,66% (n = 1). A morbidade pós-operatória foi de 53,3% (n = 8). Os exames histológicos evidenciaram que todas as ressecções foram R0. Envolvimento linfonodal foi observado em quatro pacientes (26,66 %) sendo que todos faleceram em decorrência da neoplasia. A sobrevida global em cinco anos foi de 35,7%. CONCLUSÃO: A exenteração pélvica ainda apresenta alta morbidade, no entanto permanece justificada, pois pode conferir maior controle do câncer de reto T4 em longo prazo.

Referência(s)