
FLORAÇÕES DE ALGAS NOCIVAS E SEUS EFEITOS AMBIENTAIS
2012; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO; Volume: 16; Issue: 02 Linguagem: Português
10.4257/oeco.2012.1602.05
ISSN2177-6199
AutoresNathalia Oliveira De Castro, Gleyci Aparecida de Oliveira Moser,
Tópico(s)Coastal and Marine Management
ResumoO termo florações algais nocivas (FANs) inclui tanto espécies produtoras de toxinas, que podem contaminar consumidores topo através da biomagnificação, quanto os grandes produtores de biomassa, que podem levar à depleção de oxigênio dissolvido na coluna de água e, consequentemente, aumentar as taxas de mortalidade no ambiente marinho, tendo produzido ou não toxinas; além daqueles que provocam efeitos inflamatórios e danos mecânicos à peixes e invertebrados. Em especial, a síntese de toxinas (armazenadas internamente ou secretadas no meio) é considerada uma estratégia do fitoplâncton para reduzir o efeito de potenciais competidores e predadores. Das mais de 5000 espécies conhecidas do fitoplâncton, somente 6% pode ser nociva e menos de 2% produtora de toxina. Originalmente fenômenos naturais comuns às mais diversas regiões do planeta, as FANs apresentam aumento de sua extensão e persistência, relacionadas ao impacto da ação antropogênica responsável pela eutrofização das águas costeiras, transporte de organismos pela água de lastro, crescimento da aquacultura e mudanças climáticas associadas ao crescimento da atividade industrial nos últimos dois séculos. Uma vez que cada espécie apresenta diferentes estratégias adaptativas e responde de diferentes maneiras às modificações do ambiente, defende-se que investigações bem sucedidas serão aquelas que consigam identificar e quantificar as adaptações específicas das espécies causadoras de FANs que levam à sua seleção, em particular às diversas condições hidrodinâmicas e ecológicas. Dessa forma, o presente tabalho visa apresentar uma breve revisão sobre os principais aspectos relacionados ao desenvolvimento dessas florações e, principalmente, relatar alguns casos sobre o impacto de sua ocorrência nas comunidades costeiras.
Referência(s)