Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Etiologia, manifestações clínicas e alterações presentes nas crianças respiradoras orais

2008; Elsevier BV; Volume: 84; Issue: 6 Linguagem: Português

10.1590/s0021-75572008000700010

ISSN

1678-4782

Autores

Rubens Rafael Abreu, Regina Lunardi Rocha, Joel Alves Lamounier, Ângela Francisca Marques Guerra,

Tópico(s)

Congenital Ear and Nasal Anomalies

Resumo

OBJETIVO: Investigar a etiologia, as principais manifestações clínicas e as alterações presentes em crianças de 3 a 9 anos, respiradoras orais, residentes na região urbana de Abaeté (MG). MÉTODOS: Estudo com amostra aleatória representativa da população do município de 23.596 habitantes. Clinicamente, foram consideradas respiradoras orais as crianças que roncavam, dormiam com a boca aberta, babavam no travesseiro e apresentavam queixas de obstrução nasal freqüente ou intermitente. As crianças com diagnóstico clínico de respirador oral foram submetidas a endoscopia nasal, teste alérgico cutâneo e raio X do cavum, hemograma, contagem de eosinófilos, dosagem de IgE total e parasitológico de fezes. Os dados foram analisados utilizando o programa SPSS® versão 10.5. RESULTADOS: As principais causas da respiração oral foram: rinite alérgica (81,4%), hipertrofia de adenóides (79,2%), hipertrofia de amígdalas (12,6%) e desvio obstrutivo do septo nasal (1,0%). As principais manifestações clínicas do respirador oral foram: dormir com a boca aberta (86%), roncar (79%), coçar o nariz (77%), babar no travesseiro (62%), dificuldade respiratória noturna ou sono agitado (62%), obstrução nasal (49%) e irritabilidade durante o dia (43%). CONCLUSÃO: Algumas manifestações clínicas são muito freqüentes na criança respiradora oral. Essas manifestações devem ser reconhecidas e consideradas no diagnóstico clínico da respiração oral.

Referência(s)