
Ressonância magnética funcional e sua contribuição para o estudo da cognição em esquizofrenia
2001; Associação Brasileira de Psiquiatria; Volume: 23; Issue: suppl 1 Linguagem: Português
10.1590/s1516-44462001000500012
ISSN1809-452X
AutoresSilvia Maria Arcuri, Philip McGuire,
Tópico(s)Epilepsy research and treatment
ResumoOdesenvolvimento da tecnologia em neuroimagem funcional nosultimos cinco anos esta provocando um rapido avanco noconhecimento das funcoes cerebrais, o que resultou numaexplosao de achados novos na psiquiatria. O uso da ressonânciamagnetica funcional (RMf) na pesquisa em esquizofrenia e umbom exemplo de como esse avanco tornou possivel a investigacaode aspectos complexos das doencas mentais. A pesquisa nessaarea e muito diversificada, incluindo estudos em diferentes camposdo conhecimento como fenomenologia, epidemiologia, geneticae neuropsicologia, entre outros. O presente artigo apresenta deforma sucinta as tendencias atuais dos estudos que empregamRMf na pesquisa da esquizofrenia, mais especificamente na areada cognicao, sem pretender ser uma revisao da literatura na area.Algumas consideracoes sobre cuidados, facilidades edificuldades no uso dessa tecnica e sobre como a RMf podetrazer melhor entendimento da fisiopatologia dos fenomenosmentais tambem sao apresentadas.RMf e pesquisa: consideracoes metodologicasO que e RMfAs tecnicas de ressonância magnetica baseiam-se no principiode que os nucleos dos atomos, que em estado normal giramcom spins em orientacoes randomicas, quando colocados numcampo magnetico, se orientam. Se a esses nucleos orientadosfor aplicado um pulso de radio-frequencia, eles absorvem eemitem uma quantidade de energia cuja frequencia precisa deressonância depende das proprias caracteristicas do nucleo edo campo magnetico. Quando o cerebro e submetido a um campomagnetico ao qual uma frequencia de radio e superimposta,seus tecidos emitem frequencias diferentes por terem constitui-coes fisico-quimicas distintas. Isso torna possivel diferenciaros sinais emitidos pela substâncias cinzenta ou branca e tam-bem pelo liquido cefalo-raquidiano (LCR), gerando uma ima-gem de grande precisao espacial. No caso da RM funcional,essa diferenciacao permite detectar alteracoes da atividade neu-ronal local com a precisao de milimetros. O processamento deinformacoes num determinado circuito cerebral traduz-se por
Referência(s)