Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Anomalia de Ebstein: resultados com a reconstrução cônica da valva tricúspide

2004; Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC); Volume: 82; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/s0066-782x2004000300002

ISSN

1678-4170

Autores

José Pedro da Silva, José Francisco Baumgratz, Luciana da Fonseca, Jorge Yussef Afiune, Sônia Meiken Franchi, Lílian Maria Lopes, Daniel Marcelo Silva Magalhães, José Henrique Andrade Vila,

Tópico(s)

Coronary Artery Anomalies

Resumo

OBJETIVO: Analisar os resultados de uma modificação técnica de plastia da valva tricúspide na anomalia de Ebstein. MÉTODOS: De novembro/1993 a agosto/2002, 21 pacientes com anomalia de Ebstein da valva tricúspide, com idades variando de 20 meses a 37 (média: 23) anos, foram submetidos a uma nova técnica de plastia da valva tricúspide, onde o megafolheto anterior tricúspide é desinserido da parede ventricular e do anel valvar, total, ou quase totalmente, transformando-o num cone, cujo vértice permanece fixo na ponta do ventrículo direito e cuja base é suturada ao verdadeiro anel tricúspide, inclusive na região septal, após o ajuste, com uma plicatura do anel, ao tamanho da base do cone. RESULTADOS: Houve um (4,7%), óbito hospitalar, causado por baixo débito cardíaco em portador de miocardiopatia causada pela hipóxia crônica. O tempo médio de seguimento foi de 4 anos e os ecocardiogramas recentes mostraram boa morfologia do ventrículo direito e valva tricúspide com discreta ou mínima insuficiência em 18 pacientes e moderada em 2. Em dois dos três portadores de feixe anômalo foi possível localizá-los e seccioná-los no ato cirúrgico. Não ocorreu bloqueio atrioventricular em nenhum dos pacientes. CONCLUSÃO: A técnica utilizada foi eficiente para a correção da insuficiência tricúspide e a restauração da morfologia do ventrículo direito, e aplicável para todos os tipos anatômicos de Ebstein, exceto o tipo D da classificação de Carpentier.

Referência(s)