Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Insuficiência renal aguda

2003; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 36; Issue: 2/4 Linguagem: Português

10.11606/issn.2176-7262.v36i2/4p307-324

ISSN

2176-7262

Autores

José Abrão Cardeal da Costa, Osvaldo Merege Vieira-Neto, Miguel Moysés Neto,

Tópico(s)

Chronic Kidney Disease and Diabetes

Resumo

A insuficiência renal aguda (IRA) tem incidência, em torno de 2 a 5%, em pacientes hospitalizados com grande influência de fatores como: choque séptico, hipovolemia, uso de aminoglicosídeos, insuficiência cardíaca e contrastes para R-X. Uma parte desses pacientes tem sido tratada em unidades de terapia intensiva e, dependendo do quadro, pode haver alta taxa de mortalidade. Neste capítulo, apresentamos as causas mais comuns de IRA, enfatizando sua prevenção no meio hospitalar. É importante distinguir nesses casos, as causas pré-renais das renais. Entre as causas renais, destacamos a necrose tubular aguda (NTA), geralmente provocada por hipoperfusão renal e/ou nefrotoxinas endógenas e exógenas. O manitol, furosemide e dopamina têm sua ação discutida nos casos de IRA, especialmente nas primeiras 24 a 48 h que é quando, aparentemente, teriam sua maior utilidade. Com relação ao tratamento conservador, o balanço hídrico exerce papel fundamental no seguimento, além das medidas que evitam a ocorrência de infecções, que são a causa principal de complicação nos quadros de IRA. O tratamento dialítico, quando necessário, é realizado através de ultrafiltração, hemodiálise intermitente, diálise peritoneal, ou hemodiálise venovenosa contínua (“hemolenta”), além de outros métodos que são descritos na literatura.

Referência(s)