
Avaliação da ceratoplastia lamelar anterior profunda em pacientes com ceratocone
2009; Conselho Brasileiro de Oftalmologia; Volume: 72; Issue: 4 Linguagem: Português
10.1590/s0004-27492009000400010
ISSN1678-2925
AutoresJarbas Pereira de Macedo, Adriana dos Santos Forseto, Norma Allemann, Luciene Barbosa de Sousa,
Tópico(s)Corneal Surgery and Treatments
ResumoOBJETIVO: Avaliar a eficácia e as complicações da técnica de ceratoplastia lamelar anterior profunda com dissecção a ar no ceratocone, além dos achados da microscopia confocal. MÉTODOS: Dezessete olhos com ceratocone avançado foram submetidos à técnica supracitada. Após o procedimento cirúrgico, foram avaliadas a acuidade visual e as complicações tanto intraoperatórias quanto pós-operatórias. As espessuras corneana total, da córnea receptora, do botão doado e a interface doador-receptora foram avaliadas pela microscopia confocal. RESULTADOS: Obteve-se acuidade visual corrigida com óculos maior ou igual a 0,5 em 50% dos olhos. Foram observadas complicações intraoperatórias, como perfuração de membrana de Descemet, quanto pós-operatórias, como hipertensão ocular, crescimento epitelial e rejeição estromal, que atingiram 5 dos 17 pacientes (29,41%). Em 4 pacientes foi observada, pela microscopia confocal, a presença de estruturas hiperrefletivas na interface, sugestivas de depósitos e estrias. A média dos valores encontrados das paquimetrias corneana total, do botão doado e da córnea receptora foram de 609,00 ± 77,55 µm de 516,55 ± 43,65 µm e de 92,50 ± 60,10 µm respectivamente. CONCLUSÃO: Apesar de tecnicamente mais complexa, com risco de perfuração intraoperatória da membrana de Descemet, a técnica de ceratoplastia lamelar anterior profunda com dissecção a ar apresenta-se como opção de tratamento em casos de ceratocone. A microscopia confocal mostrou-se um método útil tanto na medida da paquimetria pós-operatória quanto na avaliação da interface, ao evidenciar ausência de opacidades na maioria dos casos.
Referência(s)