
Fratura da coluna vertebral tipo explosão na área da cauda eqüina: correlação entre função neurológica e alterações estruturais no canal vertebral
2008; Brazilian Society of Orthopedics and Traumatology; Volume: 16; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s1413-78522008000200004
ISSN2176-7521
AutoresRodrigo Arnold Tisot, Osmar Avanzi,
Tópico(s)Pelvic and Acetabular Injuries
ResumoOBJETIVO: Avaliar se há correlação entre o estreitamento traumático do canal vertebral e as possíveis fraturas associadas da lâmina, com o quadro neurológico inicial dos pacientes com fratura tipo explosão na área da cauda eqüina. MATERIAL E MÉTODOS: Foi realizada uma revisão retrospectiva de 42 pacientes que apresentaram 43 fraturas tipo explosão de L3, L4 e L5, no período compreendido entre janeiro de 1990 a dezembro de 2004. Os resultados foram avaliados de acordo com a disfunção neurológica inicial e o diâmetro sagital médio do canal vertebral acometido. RESULTADOS: A única variável preditiva independente do comprometimento neurológico foi o estreitamento do canal vertebral (p = 0,008). A porcentagem média de estreitamento do canal vertebral foi significativamente (p < 0,001) maior nos casos em que havia a fratura da lâmina associada. Porém, na análise múltipla, verificou-se que a fratura da lâmina não é um fator preditivo independente para que ocorra a lesão neurológica. CONCLUSÃO: O estreitamento do canal vertebral, causado pelo fragmento ósseo da fratura, com ou sem a associação de fraturas da lâmina, nas fraturas tipo explosão na área da cauda eqüina, tem correlação direta e estatisticamente significativa com a alteração da função neurológica.
Referência(s)