Artigo Acesso aberto Revisado por pares

I Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na Infância e na Adolescência

2005; Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC); Volume: 85; Linguagem: Português

10.1590/s0066-782x2005002500001

ISSN

1678-4170

Autores

Isabela de Carlos Back Giuliano, Bruno Caramelli, Lúcia Campos Pellanda, Bruce Bartholow Duncan, Sandra da Silva Mattos, Francisco Antônio Helfenstein Fonseca,

Tópico(s)

Child Nutrition and Water Access

Resumo

HipertensãoOs estudos epidemiológicos sobre hipertensão (HAS) primária na infância e adolescência realizados no Brasil demonstraram uma prevalência que variou de 0,8% a 8,2% 1,2 .A exemplo do que foi observado em adultos, muitos desses trabalhos demonstraram uma freqüente associação de HAS com sobrepeso ou obesidade. Sobrepeso e obesidadeNos últimos 30 anos, foi observado um rápido declínio da prevalência de desnutrição em crianças e adolescentes e uma elevação, num ritmo mais acelerado, da prevalência de sobrepeso/obesidade em adultos.A análise dos dados de crianças e adolescentes de 2 a 17 anos, da Pesquisa sobre Padrão de Vida (PPV), coletados no Brasil em 1997 pelo IBGE, demonstrou que a prevalência de obesidade foi de 10,1%, sendo maior no Sudeste (11,9%) do que no Nordeste (8,2%); a prevalência de sobrepeso em adolescentes foi de 8.5% (10,4% no Sudeste e 6,6% no Nordeste) e a prevalência de obesidade em adolescentes foi de 3.0% (1,7% no Nordeste e 4.2% no Sudeste) 3 .A prevalência de excesso de peso foi maior nas famílias de maior renda, exceto em Porto Alegre, onde meninas de escolas públicas tinham IMC maior que as de escolas privadas 4 . SedentarismoHá poucos estudos sobre a prevalência de sedentarismo em crianças e adolescentes no Brasil, variando de 42 a 93,5% 4,5 , dependendo do critério utilizado. DislipidemiasMoura e colaboradores (1998-1999) estudaram em Campinas, SP, 1600 escolares com idades de 7 a 14 anos, identificando níveis médios de colesterol total, triglicerídeos, LDL-colesterol e HDL-colesterol, respectivamente, de 160, 79, 96 e 49 mg/dL 6 .Considerando os valores acima de 170 mg/dl, os autores encontraram a prevalência de hipercolesterolemia de 35%.Em amostra populacional do município de Florianópolis, em 2001, Giuliano identificou, em 1053 escolares de 7 a 18 anos, valores médios de colesterol total, triglicerídeos, LDL-colesterol e HDLcolesterol, respectivamente, de 162, 93, 92 e 53 mg/dL.Nesse estudo, 10% dos indivíduos apresentaram hipercolesterolemia, 22% hipertrigliceridemia, 6% LDLcolesterol elevado e 5% HDL-colesterol baixo 7 .

Referência(s)