Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Além do bem e do mal: o poder em Maquiavel, Hobbes, Arendt e Foucault

2013; Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília; Issue: 10 Linguagem: Português

10.1590/s0103-33522013000100008

ISSN

2178-4884

Autores

Karlfriedrich Herb,

Tópico(s)

Brazilian cultural history and politics

Resumo

O poder é mau por natureza? Está sempre em mãos erradas? Não. Essa é a resposta dada pelos clássicos da política moderna, Nicolau Maquiavel e Thomas Hobbes. Maquiavel desconfia das promessas antigas do bom regime e da virtude humana. Ele baseia o poder político na produtividade do mal. Apesar de compartilhar o profundo pessimismo antropológico de Maquiavel, Hobbes baseia-se na virtude do soberano: o Leviatã suprime a guerra perpétua. No século XX a apologia filosófica pelo poder assume uma forma diferente. Hannah Arendt separa a violência instrumental do poder comunicativo, transformando a ágora num lugar mágico do poder. Contrariamente, Michel Foucault nega a existência de qualquer lugar privilegiado para ocorrência do poder. Para ele, o poder torna-se uma rede de relações sociais combinando sujeição e criatividade de forma ambígua.

Referência(s)