Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Comparação entre metodologias de idade-período-coorte para o estudo de uma medida da progressão escolar no Brasil

2011; Brazilian Association of Population Studies; Volume: 28; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s0102-30982011000200007

ISSN

1980-5519

Autores

Raquel Rangel de Meireles Guimarães, Eduardo Luiz Gonçalves Rios-Neto,

Tópico(s)

Poverty, Education, and Child Welfare

Resumo

Este artigo procura realizar um exercício de comparação metodológica de dois estimadores dos modelos idade-período-coorte: o estimador convencional obtido pelos modelos lineares generalizados restritos (MLGR); e o estimador intrínseco (EI). O objeto de interesse são as contribuições dos efeitos de idade, período e coorte nas mudanças temporais na probabilidade de progressão (PPS) para a 5ª série do ensino fundamental das mulheres brasileiras. A modelagem IPC se justifica uma vez que os efeitos de idade, período e coorte podem impactar de forma significativa a probabilidade de progressão escolar: efeitos de idade refletem tanto a idade mínima de entrada no sistema de ensino como também o dilema entre trabalho e estudo que surge ao longo da carreira educacional; efeitos de período estão associados às diferentes conjunturas econômica e política, bem como ao estado das políticas educacionais; por fim, efeitos de coorte refletem características sociais peculiares a determinados grupos de indivíduos. Os dois instrumentais foram contrapostos em termos da eficiência, significância e estimativa dos parâmetros. Os resultados revelam a potencialidade da solução para o modelo IPC baseada no estimador intrínseco, o qual apresenta parâmetros com variância inferior aos estimados pelo modelo linear generalizado restrito. Desta forma, projeções das PPS baseadas na extrapolação do erro-padrão dos parâmetros obtidos pelo estimador intrínseco podem ser promissoras.

Referência(s)